“Alguém tem de chamar a atenção. Alguém tem que pôr juízo nesta questão do Código Contributivo”, afirmou, no final de uma reunião do Conselho Nacional do partido, que decorreu em Coimbra.
No entendimento de Paulo Portas, a situação económica que o país vive “não aconselha de todo em todo a entrada em vigor do código contributivo”, e é “obrigação do governo fazer diálogo social”.
Quando a economia portuguesa “gera falências, desemprego, pouco poder de compra, dificuldades nas empresas”, - sublinhou – “é inaceitável, é incompreensível que entre em vigor um Código Contributivo que significa nesta situação de recessão pedir mais dinheiro para o Estado aos agricultores, aos comerciantes, às empresas, a muitos quadros e trabalhadores, a instituições sociais de solidariedade social e a todos os que estão na prestação de serviços”
“Se entrar em vigor e tiverem de pagar mais ao Estado eu quero saber com que cara o Governo vai pedir ao investidor e ao trabalhador que ajudem a sair da crise. No momento em que há maior crise estão a ir-lhes ao bolso”, observou.
O Conselho Nacional, que começou na noite de segunda-feira e se prolongou pela madrugada de hoje, analisou os resultados eleitorais, das legislativas e das autárquicas, que, segundo o líder, afirmaram o CDS/PP como partido médio.
“A nossa ambição é virmos a ser um grande partido. Para isso é preciso trabalhar mais do que os outros e ser fiel àqueles que já confiaram em nós e àqueles que queremos que venham a confiar em nós”, referiu.
Ao reportar-se ao tipo de oposição que vai caracterizar o CDS/PP nos próximos tempos Paulo Portas disse que será uma “oposição de soluções”.
“Seremos capazes de denunciar o que está errado, de tentar evitar o pior, ou danos maiores, mas seremos também capazes de dizer o que queremos e o que propomos em alternativa, e apresentar soluções construtivas”, afirmou.
CDS com JN.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário